quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Ver

Quando faltam as mãos, eu procuro os olhares
Pois se há algo que é totalmente singular; são esses.

Quando a coisa é fria; é porque se perdeu o olhar.
Quando alguém machuca; é porque não sabe olhar.
Quando alguém não olha; é porque não sabe viver.

Mas também tem aquele olhar que engana,
que parece estar quieto, sereno, cuidadoso,
mas não - só está perdido.

Por isso nada mais me estressa,
quando vem a presa, o medo alheio,
se enxerga mal.
Ai então eu olho para outras paisagens.

Temos que aprender a ouvir não e olhar para o outro lado.
É simples assim!
E aí começa o sim.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A distração me faz tão bem,
mas quando uma fagulha de pensamento me relembra tu
Incendeia toda a minha mente,
meu coração não se sustenta
quer correr atrás do seu

E quando eu penso que é bom não te ter por perto
que meus amores mais abertos, dão tão certo
Me perco numa noite qualquer
sozinha e revolta pelos lençóis
Percebo que é necessário muito mais forças para adormecer, do que viver.
e o quarto vai pulsando de maneira desnecessária

Pouco do que sobra desse dia tedioso, tenta em vão afastar os importunos momentos que atrapalham meus sonhos

Reviro entre as fronhas dos travesseiros,
tentando sentenciar tudo em um desejo.
Mas vejo janelas, crepúsculos, adoração e delicadeza.

A ordem é exigida dos pensamentos, apelos para que acenem em fúria, gozo, distração.
Mas não...

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O ano acabando
e meu caderno também
Apesar dos encontros e desencontros

das dores e desalentos
Nenhum mal teria trocado
tudo fortalece meu pensamento

E o ritmo, não poderia ser melhor.

Apesar da chuva e do vento
Tem ainda tanto espaço aos

meus pensamentos
Vou caminhando.

Ao próximo
espinho, ou ao próximo carinho.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Lembranças do último feriado

Creio que o feriado foi bom para todo mundo.
Sábado de 11º graus. Domingo de sol “suante” e segunda, chuvosa.
É, ninguém viajou, todo mundo por aqui!
Logo na sexta-feira eu chegando, preparada para capotar e ficar esses longos dias sem nada de interessante para fazer. Entrei no msn como de praxe.. mas tava todo mundo on line. Rs, eita falta de grana.
Até acho que no fim foram bons esses dias. A gente nunca estuda o quanto acha que vai estudar. Sempre rola uma indisposição para aqueles roles que você tinha pré-marcado. Você esquece das “dietas” e das roupas que são pra sair na rua.
Mas até que foi interessante, como tudo, bem único. Mais um momento proveitoso(?!) desse ano, sem nenhuma euforia ou explicação. Mas rolaram momentos de meditação. Não aquela conhecida; olhinhos fechados e posição de lótus. Nos feriados rolam uma tremenda falta de disciplina. Foi meditação daquelas onde você olha para a alma, na verdade você nem olha, nem escuta, você por acaso fica quieto e entende, coisas.

Tive mais notícias desagradáveis, mas já estou tão ‘acostumbrado’ que não é tão impactante. Mas as notícias me fizeram sentir uma falta tremenda das ‘mágicas sintonias’, das pessoas mais que amigas, que faziam a nossa dor ser menor..
Fiquei horas além da meia-noite no msn, já tinha virado cacto, mas não estava como de costume falando bobagens, ou estava, mas com pessoas que podiam ou queriam escutar (Thiago, Jéssika, André..). Acordei tarde nos dias que deu, com o canto dos meus pais na janela, “discussões”, tão parte da minha rotina; as contradições e as ausências.
Ah e quanta música eu ouvi, nossa, quando meu irmão não está em casa é o fone dele que eu roubo e me divirto. Quando muito consciente ainda estudo espanhol. Se não, aprecio os sábios da vida; as canções que no fundo são todas de amor, que talvez no fundo seja a essência de tudo.. Faz-me pensar. E nesse escutar de músicas acarretaram-se várias frases pra pensar na vida. E como escutar música é ficar no pc, isso significa msn e bobagens, twitteiros um pouco parados e informações na Folha.

E nesses três dias decidi mudar as roupas, o cabelo, algumas idéias... Decidi sair com velhos amigos e ter idéias mirabolantes, algumas coisas velhas, algumas coisas novas.
Ainda rolou um trabalho universitário em pleno domingo (“baile da saudade”), achei que ia ser insuportável, mas foi mais interessante do que o esperado deu para tirar fontes e fotos preciosas do Tendal da Lapa. Depois de brincarmos de foto/e/jornalistas, acho que o baile nos fez relembrar as nossas ‘saudades’ e com uma cerveja no cair da tarde, sentadas na escada da estação Lapa, rimos a toa e falamos dos nossos amores e desamores. A noite continuou produtiva, com trabalhos até as 3 da manhã, por pura opção. Madrugada de mais letras e canções e rememoração de fotos antigas, de ex-pessoas. Ai a gente descobre que não odeia nada! E começa enfim a rir de algumas, só algumas, coisas. E me desculpem as frases e vídeos inoportunos musicais, ás vezes a gente além de intensa acorda mais romantizada e fica divagando com o amor dentro do mundo virtual.

E eu também tenho sensações estranhas e pensamentos incompreendidos, dentro e fora de mim. Eu sinto a minha vida, o mundo, tudo ao meu redor como um filme, assim como eu sempre o quis. Mais um desejo concedido é por isso que ninguém entende quando eu digo, mas eu insisto: “tudo que você quer pode acontecer..” Eu não ligo para as dores, mas ainda tenho medos. O que me atém são só desejos, irmãos do sofrimento. Tento entende-los, mas são como o vento. E eu dou risada sozinha, porque quando eu fico quieta, eu percebo que tem outra coisa por ai percebendo todos os acontecimentos de uma forma maior, eu só sinto. E essa coisa ri pra mim tb.

Fui dar a voltinha que eu queria nessa segunda-feira, antes da chuva. A minha voltinha, não o cinema com os pais ou o trabalho da facu. Aquela pra ir comprar corantes no mercado, que eu liguei para a jéssika acordando ela só para saber o que eu tinha que comprar. E aqui na minha descida, tem uma avenida e eu ia por ela e meu elemento “vento” contribuía junto com a rádio Nova Brasil à minha alegria. Fui rindo a toa da vida, enquanto o vento batia e a saia se mexia.

E eu caio na semana lembrando calmamente das agendas, rezando pra chegada da viajem de ano novo e dos bons fluídos que o terço há de trazer.E tudo está só começando; Adriana indo para Buenos Aires e Carol de volta a labuta. To esperando sair o arroz doce! Quero dançar Siba, preciso muito de um terreiro! E de volta... aqui.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Dica:
Não se se eu ja conhecia Grégoire Bouillier, mas quem te ver interesse, é bem apaixonante a entrevista...falta ler algo ..

"Escrevo porque sinto que minha vida seria perdida se eu não o fizesse."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u585012.shtml

domingo, 14 de junho de 2009

"Cores e branco
Silêncio ... barulho
Quanta entrega
nesse simples murmúrio!"


É incrível como algumas coisas simples, são tudo.
Esse verso curto sintetiza tudo.
rs
Alguém que é um grande exemplo para mim me disse um dia
" o último passo para a sofisticação é a simplicidade" de fato!
Isso é até parte da minha ideologia de vida.

Ás vezes não sabemos o que escrever, ás vezes temos muitas idéias, ás vezes fica tudo confuso.
E ás vezes, saem coisas simples. Ainda tenho as minhas dúvidas quanto a compreensão da idéia total, com poucas e simples palavras, porém autênticas aos sentidos que as fizeram nascer (...).

A gente pode tentar contar nossas experiências, as pessoas podem ter uma noção, mas não terão a compreensão se não viverem as suas. E nesse caso, mesmo, e claro que são, diferentes, a intensidade e a importância são reconhecidas.

Enfim..rs.
Versos de uma noite, fim de noite, pensamento, desfecho.
Para pessoas chatas os dedico, e também para as espetaculares!

Misturem se!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

composições aleatórias

Escrever não se deve remeter essencialmente a inspiração hominídea

Escrever é dançar com as letras
É girar, girar sem parar, tentando novas cores
Um redescobrir de composições

É não achar que a beleza
está na complexidade de escolhas ritimizadas
O belo está no descompasso do tempo esperado,
no sopro que transmite um som desconhecido e que
me faz perceber, ao juntar palavras
Que posso, em versos desfigurados, vos conhecer

E vocês ao entrarem em mim, como eu, já sou
Sendo assim, parte vossa
Transcendemos a consciência à uma brincadeira de mudar, de inventar

Como um papel algodoado que definha
Sem me inspirar, findo o poema nesta linha.


(Composição com Flávia Venézio dos Santos)